Quarta-feira de Cinzas, arrependimento e conversão. Será?
A liturgia da igreja dá início ao tempo quaresmal, marcado pelo profundo tempo de arrependimento, reflexão, jejuns e outros que intensificam a postura de uma pessoa arrependida pelos seus pecados.
Ainda que a liturgia seja um instrumento belíssimo de nos aproximar das "coisas espirituais", nenhum rito é capaz de superar ou dar mais dignidade à pessoa que sua comunhão com DEUS.
Vejamos, o exemplo de se cobrir de cinzas e rasgar as vestes é visto no Antigo Testamento (Jonas 3 e Ester 4) como o sinal externo do mover interior daquele que se colocava em tal posição. Há uma necessidade que tal mudança venha de forma realmente transformadora, uma verdadeira Metanoia, que promova a mudança de direção, de pensamento e comportamento.
A simbologia do dia de hoje nos faz lembrar da importância deste ato, porém é vazia se apenas para dar ênfase a uma religiosidade pífia.
O fato é que temos que nos colocar em posição de pecadores e nos arrepender continuamente, todos os dias, em todos os momentos. Então para que serve a Quarta-feira de Cinzas?
Serve exclusivamente para nos lembrar deste movimento de arrependimento e nada mais. A possibilidade de fazer uso deste elemento ajuda aos mais fracos ou novos convertidos a se habituarem no processo de arrependimento, buscar força em algo tangível, dar um passo mais corajoso, por influência desta ferramenta.
Assim como vemos uma imensa alegria na Páscoa e Natal de Jesus, podemos aproveitar este tempo e posicionar nossa mente em direção às mazelas que vivemos. Não há pecado nisso, a menos que o pseudo cristão acredite ser este o único momento no ano a se dedicar a conversão e arrependimento.
Façamos então este exercício Quaresmal, de modo muito consciente e principalmente, ajudando aos irmãos que dão mais importância ao rito que o resultado a crescerem diante da fé em Jesus Cristo nosso Senhor!
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