TETÉLESTAI, QUEM É JESUS? - Por Rev. Alexandre Dias


 

 A INERRÂNCIA BÍBLICA - A DOUTRINA ATACADA E BANIDA - Texto organizado por Alexandre Dias


É bem verdade que o surgimento da inerrância bíblica é um conceito relativamente moderno ou contemporâneo. A inerrância bíblica é a doutrina segundo a qual, em sua forma original, a bíblia está totalmente livre de contradições.

Tal doutrina nasceu nos anos de 1970 nos Estados Unidos fazendo nos lembrar de polêmicas do século XIX (Inspiração Bíblica) e da década de 1920 (Infalibilidade Bíblica).

Durante a história do cristianismo teólogos, exegetas e judeus interpretaram a bíblia com pressupostos de autoridade e veracidade em seus textos e em sua mensagem.

Se um homem ignora a veracidade definitiva da bíblia, então o que irá justifica-lô?

Uma coisa é certa a doutrina da inerrância contribuiu e muito para uma interpretação mais conservadora das escrituras e se tornou uma doutrina no calcanhar de Aquiles dos teólogos liberais, pós-liberais e progressistas.

Hoje podemos ver por parte de alguns o desejo que a inerrância bíblica esteja comprometida. Isso claro não sem sentido. Uma vez que venhamos a relativizar a crença na escritura nada se torna proibido e tudo pode ser permitido!

É só lembrarmos de Dostoiévski o filósofo Russo: Se Deus não existe tudo é permitido!

Daí se relativizarmos a bíblia não há regra moral, não há mandamento absoluto, não há nem se quer como acreditar na escritura.

Se a escritura não é inerrante ela possui erros!

Se a escritura possui erros cruciais ou fundamentais toda fundamentação de qualquer que seja a doutrina pode estar e ser comprometida.

Se a bíblia contém erros em sua inspiração então como ou o quê pode ser compreendido como certo ou verdadeiro?

Vejamos o que a bíblia mesmo diz sobre si:

Toda escritura inspirada por Deus é útil para ensinar, redarguir, corrigir e instruir na justiça (II Timóteo 3:16).

Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo" (II Pedro 1:20–21).

Alguns acreditam na infalibilidade das escrituras e dizem:

Acreditamos que aquilo que dizem as Escrituras em matéria de fé e prática cristã é totalmente útil e verdadeiro, porém ensinam que na infalibilidade os detalhes da história e/ou ciência tornam-se irrelevantes para as questões de fé e prática cristã, podendo conter erros, pois entre o divino e o humano em sua produção textual, o componente humano é falível e errôneo.

Se a bíblia está errada em alguns pontos quais pontos são estes? Algumas pessoas replicam a ideia de que há erros na bíblia, mas quais são estes erros e onde estão? Será que creem em uma narrativa mais do que de fato sabem dizer onde estão os erros?

Veja: Se há erros na bíblia Deus existe? Bem, se Deus existe e iluminou homens de forma errada tudo isso se torna um grande problema e toda a nossa base de crença e de moral estará comprometida.

Por isso não é tão simples advogar que os textos bíblicos contêm erros.

Se não existe uma fundamentação absoluta para moral podemos fazer o que quiser?

Se a moral e o bem estão sustentados pelos hábitos e costumes históricos e se mudar tudo acabou, então poderíamos fazer o que quiser?

Deus então não existiria, a alma seria mortal e nós não teríamos culpa, então, qual o problema de você fazer qualquer mal moral?

O niilismo era o que afirmava que se poderia fazer o que quer, destruir a sociedade, e fazer o que quisesse com ela.

Obviamente se Deus não existisse o que iria nos conter seria a polícia, as nossas relações parentais, a educação, a lei e o estado de direito.

Se a moral é fruto de hábitos e costumes e se eles vão sendo relativizados na modernização, na sociedade moderna e pós-moderna, relativizando costumes a pergunta que a pessoa pós-moderna irá fazer será: Por que não posso fazer isso? E irá dizer: Eu posso! Se eu quiser eu faço!

A única coisa que irá nos sobrar se Deus não existe e na relativização de hábitos e costumes será a Lei que force os comportamentos.

Embora a maioria das pessoas acreditem em Deus e se tenha diversas religiões a imagem simbólica de representação nos servirá como contenção do comportamento.

Se Deus não existe, nem tudo é permitido! Porque temos vergonha, temos lei, temos a polícia, e que acabam contendo o nosso comportamento.

É claro que hábitos e costumes funcionam e por mais que a sociedade seja niilista ela irá chegar a compreensão que não poderá fazer tudo como por exemplo matar o pai.

Por exemplo um país da Escandinávia se fez a seguinte questão:

Por que uma filha não poderia fazer sexo com o pai legalmente se os dois quisessem?

E o que tudo isso significa na medida em que a gente começa a desacreditar em formas absolutas em que a gente só tenha a Lei para nos regrar será que não marchamos para uma elasticidade das leis a tal ponto em que em algum momento a gente vai aceitar casamentos entre humanos e animais, casamentos de filhos com seus pais independente de qual sexo tenham tanto o filho como os pais?

No dia que a lei for totalmente relativa e a moral for totalmente relativa, neste dia poderemos considerar que tudo será permitido!

Essa é a desconstrução inicial: Primeiro se bane a inerrância bíblica!

Para depois colocar o erro como fundamento, para desconstruir o texto, para desconstruir a verdade, e colocar outro fundamento: O engano!

Estamos na era da pós-verdade!

Dizer que há erros na bíblia compromete a fé, porque se há erros nela o que nos garante que a parte que fala sobre Jesus está certa?

Uma coisa são erros em cópias e outra bem diferente nos autógrafos (livros escritos pelos autores bíblicos).

"A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma, o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos. O temor do senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e também justos" (Salmos 19:7–9).

"Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (João 17:17).

"...que Deus seja verdadeiro e todo homem mentiroso..." (Romanos 3:4).

Links:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Inerr%C3%A2ncia_b%C3%ADblica

https://www.youtube.com/watch?v=hUWjium1Li4



POR QUE JESUS SE DIZIA FILHO DO HOMEM?


A expressão Filho do Homem (ben Adam, בן אדם), literalmente filho de Adão, é utilizada comumente no judaísmo e no idioma hebraico em geral para denotar um ser humano, uma pessoa; o plural (bnei Adam, בני אדם) é utilizado para humanidade. No cristianismo é reconhecido como Jesus, pelas referências nas Escrituras ao Messias.

O título "Filho do Homem" é aplicado a Cristo 32 vezes em Mateus, 14 vezes em Marcos, 26 vezes em Lucas e 12 vezes em João). 

A necessidade de enfatizar o fato de Jesus ter sido genuinamente humano foi, portanto,  o fator preponderante que o levou a falar de si próprio coerentemente como Filho do Homem. 

Jesus nunca recusou o título de "Filho de Deus". Nele (Jesus) se encontra de modo misterioso duas naturezas uma divina outra humana.  

A encarnação de Cristo não envolveu a perda da divindade, mas sim o acréscimo da humanidade. 

A expressão Filho do Homem também é usada para descrever a deidade de Cristo.

Justino Mártir disse isso:

"Dizia-se [Jesus] portanto, filho do homem, seja em razão de seu nascimento de uma Virgem que, como assinalei, era da raça de Davi, de Jacó, de Isaac e de Abraão, etc…". 

— mártir, Justino, «94-100», Diálogo com Trifão, pp. VI, 701ss.

A razão de Jesus utilizar o título Filho do Homem não recai apenas sobre Maria, mas sobre a raça. A ideia é sobre a raça Adâmica que Maria também faz parte.

*Bibliografia:*

Livro: Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas. 
Autor: Gleason Archer.
Editora: Vida. 
Páginas: 344-346. 

Livro: Enciclopédia de Apologética - Respostas aos críticos  da fé cristã. 
Autor: Norman Geisler.
Editora: Vida Acadêmica.
Páginas: 350-351. 

Livro: Manual de Dificuldades Bíblicas - Respostas para mais de 780 passagens polêmicas. 
Autores: Norman Geisler e Thomas Howe. 
Editora: Mundo Cristão. 
Página: 272.

*Bibliografia on-line:*

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Filho_do_Homem

hzttps://pt.m.wikipedia.org/wiki/Justino

Rev. Alexandre Dias
Igreja Anglicana Continuante - IAC. 
Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Antíoquia Internacional chancelado pelo Conselho Nacional dos Teólogos do Brasil e pelo Genesis Theological Seminary - USA. 
Bacharel em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília - UCB.
Psicanalista Clínico pelo Instituto Max Orsano - IMO. 
Criador do Tetélestai - Quem é Jesus?

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CRENTE PERDE A SALVAÇÃO?


Segundo o teólogo e reverendo presbiteriano Augustus Nicodemus o verdadeiro crente não pode cair do estado de graça em que se encontra e nem perder a sua salvação. 

E dá 7 motivos aqui colocados resumidamente:

1) Deus amou seus eleitos desde antes da fundação do mundo...  E os predestinou para serem seus (Ef.1.4-5). 

2) Deus decretou a salvação de seus amados desde a eternidade... Tudo que ele decretou haverá de acontecer.

3) O Senhor Jesus Cristo morreu por eles. Pagou a culpa do pecado deles,  passado, presente e futuro, não há mais condenação para eles, eternamente. 

4) O Senhor Jesus Cristo intercede constantemente por eles... Para que o Pai os sustente e guarde do mal de seus corações e das tentações do diabo. 

5) Deus lhes deu o Espírito Santo como selo e penhor garantindo a inviolabilidade da fé deles. Como penhor, o Espírito é uma garantia que Deus vai cumprir todas as suas promessas e que eles vão herdar o Reino. 

6) Eles foram regenerados, nascidos de novo. Houve uma mudança radical e definitivamente em sua natureza. Isso não pode ser desfeito ou erradicado. 

7) Deus tem um pacto com eles, o pacto da graça... Este pacto foi ratificado e selado no sangue de Jesus. 

Ele termina o texto dizendo: Ninguém os arrebatará das mãos de Cristo.

Você já tem essa segurança? 

Uma amiga me perguntou o que eu achava deste texto.  

Daí vou fazer algumas considerações e indicações:

Essa é a doutrina que Lutero e Calvino ensinavam no início da reforma protestante. Até a contra reforma que surgiu contra a doutrina da eleição e predestinação, como os primeiros protestantes reformadores ensinaram. Erasmo de Rotterdam tentou persuadir as ideias de Lutero defendendo o Livre-arbítrio. O discípulo calvinista holandês, Jacobs Arminius, questionou alguns pontos calvinistas até que defendeu o livre-arbítrio. 

A igreja católica e igrejas pentecostais e neo-pentecostais defendem o livre-arbítrio. 

Daí algumas igrejas crerem que há uma participação na salvação por parte dos crentes. 

Outros crentes creem que a salvação é algo decretado por Deus e que o crente apenas responde positivamente a salvação, porque o próprio Deus inclina seu coração para isso.

Igrejas históricas defendem a eleição e predestinação. 

Claro que cada uma dá uma ênfase a essas palavras de modo distinto: Eleição, Predestinação e Livre-Arbítrio. 

A teologia arminiana leva muito em consideração a participação humana no processo da salvação. 

A teologia calvinista leva muito em consideração a participação divina no processo da salvação. 

Minha experiência pessoal em relação a salvação foi muito semelhante a contribuição humana na salvação no início. Mas com o tempo percebi que minha participação na salvação me dava paz apenas por um tempo. Logo depois que saía daquele padrão de "santidade-religiosa" sentia perdendo a salvação. 

Depois conheci a doutrina calvinista e isso me deu um conforto, alívio e segurança. A salvação não dependia apenas de mim, mas ela era garantida por um Deus! 

O problema de um lado é que você tem medo de perder a salvação por qualquer coisa (arminianos) de outro o problema é que ao se sentir pouco responsável por sua salvação pode acreditar tanto que só dependa de Deus (calvinistas) que pode acabar esquecendo de andar como Ele Jesus andou.  

E isso é preciso compreender com outras palavras arrependimento, regeneração, santificação e justificação. 

Mas eu acho que o equilíbrio deve ser interessante: Crer que a salvação não depende de você como um calvinista e viver a sua salvação como um arminiano. 

Deus é que salva (calvinistas) e você faz o possível pra não errar (arminianos).

Essa questão - que se sabe pelo menos é discutida - se o crente perde ou não a salvação desde a reforma protestante até nossos dias, e até hoje não houve consenso entre os teólogos. 

Existindo bons teólogos dos dois lados. 

Um diz que perde e o outro diz que não.

Chegam a analisar o mesmo texto e chegam a conclusões diferentes. 

Existem bons e maus crentes que acreditam em ambas as perspectivas respectivamente.

A questão passa por aqui: Se você é salva é salva pelo quê? 

O que te define como uma pessoa salva? 

Se Deus te salva é condicional ou não? 

Quando pensamos no termo eleger de eleição podemos compreender que tal pessoa eleita o foi por um terceiro e neste caso é o próprio Deus!
 
Deus erraria em sua eleição? 

Eleição também quer dizer alguém que é eleito em um certo conjunto de pessoas. 

Predestinação já é um termo que o próprio nome já diz: Pré-destino. 

Como um ser que possui Livre-Arbítrio já foi eleito e predestinado antes de nascer?

Há não ser que dentro dessa eleição e predestinação tivesse um certo grau de liberdade. 

O Teólogo Norman Geisler fez um livro Eleitos, mas livres... 

Para essa pequena liberdade os protestantes históricos chamavam de livre agência. 

A livre agência era diferente do Livre-Arbítrio porque a livre agência era apenas uma escolha comum relacionada a vida cotidiana e o lívre-arbítrio já seria algo que poderia interferir na salvação.

A doutrina da predestinação de Severino Pedro da Silva publicado pela CPAD é a forma como os pentecostais geralmente entendem a predestinação. 

Geralmente calvinistas entendem a predestinação como um decreto, uma escolha divina, um ato soberano. 

Já pentecostais acreditam na predestinação não como um decreto em si, ou uma escolha divina, ou um ato soberano apenas. Mas para os pentecostais e neo-pentecostais Deus escolhe, elege, predestina baseado na sua onisciência, isto é, como Deus sabe o futuro escolhe, elege, predestina por saber atencipadamente a resposta dos crentes a salvação. 

Os protestantes históricos apenas acreditam que Deus escolhe salvar por sua própria decisão e não por um ato como resposta do crente que venha validar a sua decisão.

Um dos livros que gostei muito foi: Eleitos, mas livres - Uma perspectiva equilibrada entre a eleição e o lívre-arbítrio da editora: Vida. O autor é Norman Geisler.  

Em uma perspectiva calvinista o livro de R.C. Sproul é muito bom: Eleitos de Deus - O retrato de um Deus amoroso que providencia salvação para seres humanos caídos. 

Outro livro, que não poderia deixar de indicar, e é fenomenal, a onde 4 teólogos debatem o assunto, cada um deles expõem sua visão e os outros fazem suas réplicas. O livro: Predestinação e Livre-Arbítrio - Quatro perspectivas sobre a soberania de Deus e a liberdade humana. Os autores: John Feinberg; Norman Geisler; Bruce Reichenbach e Clark Pinnock. Editora: Mundo Cristão. 

5 pecados que ameaçam os Calvinistas de Solano Portela da Editora PES.
Esse aqui é um livreto direcionado a calvinista, mas que todas as ameaças servem para que todos crentes tomem cuidado.

Nascido Escravo de Martinho Lutero é um debate com Erasmo. 

A doutrina da predestinação em Calvino da Editora Socep do autor Fred H. Klooster é bastante interessante. 

Espero aqui ter contribuído sobre tal questão.

Rev. Alexandre Dias
Igreja Anglicana Continuante - IAC. 
Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Antíoquia Internacional chancelado pelo Conselho Nacional dos Teólogos do Brasil e pelo Genesis Theological Seminary - USA. 
Bacharel em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília - UCB.
Psicanalista Clínico pelo Instituto Max Orsano - IMO. 
Criador do Tetélestai - Quem é Jesus?

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UMA CONVERSA ENTRE PSICANALISTAS


A questão do ser aceito e reconhecido, que no meu caso se passa pelas questões de sagrado, loucura, e autoridade como falamos.

Fora a questão da "representação" e "persona" social.

E fora como sou visto e me enxergo.

Fora a questão do poder da estética e do poder em si.

Que já me era claro na questão do poder religioso evangélico-protestante e seus efeitos estéticos.

Nos últimos anos percebi o que a estética histórica culturalmente faz na tradição clerical religiosa muito pela forma católica de influência como falamos.

Pensando sobre a questão refleti se era apenas uma questão estética de poder religioso.

Percebi que havia essas influências diretamente e indiretamente, mas isso não era tudo...

Ao perceber o contraste da denúncia aos olhos de terceiros por usar uma roupa - que aliás foi criada por um pastor e utilizada pela igreja católica - culturalmente aceita em nosso país pela colonização católica apesar de uma minoria protestante que utiliza a clerical.

A clerical conhecida como a "roupa do padre" foi inventada por um protestante.

Tive desde então diversas experiências com a mesma e descobri que a questão não era apenas o "poder"! 

Mas a alternância de invisibilidade social para a visibilidade social. 

O Alexandre de boné, bermudas e sandálias se acostumou tanto a ser ele, assim do jeito que é, que se tornou invisível socialmente.

Mas meu modo de ser,  embora ao olhar do outro, seja tido como loucura, conforme declarei ser consciente desse olhar por parte de terceiros.

Me permite ser eu mesmo, ainda que na invisibilidade, e no pressuposto da loucura por parte de terceiros.

Embora eu não seja sobretudo apenas o que me veem conforme o estereótipo, seja ele informal na invisibilidade ou na formalidade na visibilidade, a diferença é como alguém desconhecido que se torna figura pública.

Muito mais que as relações de poder, autoridade, de sagrado e profano, é ainda e sobretudo sobre a visibilidade e a invisibilidade como também sobre o privado e o público.

A construção do Eu é interna e cada um de nós estamos fazendo uma viagem interna e que se manifesta na construção do externo.

Muitos me veem e me leem pelo externo e essa é a leitura mais comum e natural. Porém a leitura interna de quem somos de fato é nossa quando temos parte dessa consciência e as vezes só Deus sabe quem somos.

Quando disse este sou Eu, não me referia a uma personalidade criada com o intuitivo de manipular, mas é a minha construção do ser.

Isto é, a anos eu sou, me vejo, me percebo, me sinto conforme viram a revelação exterior do que foi construído internamente!

A relação do que é necessário passa muito pelos objetivos que temos, por aquilo que nos falta, e o que nos sobra.

Por isso as relações perpassam por poder, fama, sexo, dinheiro, conhecimento... etc.

Quando eu disse sobre meu desejo de fazer mais alguns cursos e conversamos sobre a questão da necessidade da sexualidade, percebi que isso não era uma necessidade minha, não agora, não no momento, e não que não precise.

Mas meu desejo agora está vinculado não com a necessidade de sexualidade, meu foco e necessidades são outros: Os cursos que eu ainda tenha condição de fazer.

Isso tem haver com os propósitos e objetivos de vida.  

Já estou com 45 anos, se eu não fizer o maior número de cursos agora não farei mais, pois não terei mais tempo para isso.

Como o meu desejo principal é me aperfeiçoar como pessoa, como cidadão,  como ser político, ser social, ser psíquico, ser biológico, ser filosófico, ser ético, e sobretudo um ente que carrega valores eternos.

É com todas essas coisas que o sentido e significado da minha vida me dão valor existencial.

Só há uma coisa que é a força motriz da minha existência: Deus. 

Meu único propósito com os cursos que faço é me tornar compreensível a intelectuais como a todas as pessoas simples.

Para que com tudo isto: O que sou, o que tenho, o que faço, seja um meio, um modo, uma forma e uma maneira para que Deus seja glorificado através de mim, para que eu seja apenas e sobretudo um instrumento dele! 

Este é o sentido e significado da minha existência!

Rev. Alexandre Dias
Igreja Anglicana Continuante - IAC. 
Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Antíoquia Internacional chancelado pelo Conselho Nacional dos Teólogos do Brasil e pelo Genesis Theological Seminary - USA. 
Bacharel em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília - UCB.
Psicanalista Clínico pelo Instituto Max Orsano - IMO. 
Criador do Tetélestai - Quem é Jesus?

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POR QUE SODOMA FOI DESTRUÍDA? 


Vejam o texto de Gênesis 19.5:

Cha­maram Ló e lhe disseram: "Onde estão os homens que vieram à sua casa esta noite? Traga-os para nós aqui fora para que tenhamos rela­ções com eles".

Há traduções que colocam no lugar de "relações com eles" os termos "conhecer" outras "abusemos deles".

Os três homens aparecem em Gênesis 18 um deles é Yahweh e dois anjos.

A causa dessa visita é descrita a seguir: 

Disse mais o Senhor: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito. 

Gênesis 18:20

Isso ocorre entre os "homens" e Abraão.

O relato tem sua sequência: 

Porque nós vamos destruir este lugar, porque o seu clamor tem aumentado diante da face do Senhor, e o Senhor nos enviou a destruí-lo.

Gênesis 19:13

Isso ocorre entre os "homens" e Ló sobrinho de Abraão. 

Ló agiu com hospitalidade levando os para sua casa. Faz outros gestos de apreço (faz reverência, lava-lhes os pés, oferece-lhes um banquete; Gênesis 19.1-3).

Vejamos quem cercou a casa de Ló:

E antes que se deitassem, cercaram a casa, os homens daquela cidade, os homens de Sodoma, desde o moço até ao velho; todo o povo de todos os bairros.

Gênesis 19:4

Vejamos o que está escrito em Levítico:

Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é;

Levítico 18:22

E ainda:

Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles.

Levítico 20:13

Quando se diz: "todo o povo de todos os bairros". Na verdade está literalmente dizendo: "do canto/da ponta/da borda/da extremidade/da periferia".

Ou seja, "de um canto (da cidade) ao outro". Isto é, "sem exceção" ou "cada um deles". O "todo, em sua totalidade". 

O interessante é que a ênfase está na iniqüidade de cada habitante de Sodoma (pelo menos de todo habitante de sexo masculino), justificando a destruição total da cidade (Gênesis 18.22-33).

É provável que o pecado de Sodoma não seja somente a falta de hospitalidade ou mesmo a tentativa de um estupro de um hóspede, mas, sim, a tentativa de estupro homossexual de hóspedes do sexo masculino.

"Deitar com homem como se estivesse deitando com mulher".  (Lv 18. 22; 20.13). 

Era tratar um homem como se sua identidade masculina não valesse nada, como se ele não fosse homem, mas mulher. Penetrar outro homem era tratá-lo como um assinnu, como alguém cuja "masculinidade havia sido transformado em feminilidade". Desse modo, três elementos  (tentativa de penetrar homens, tentativa de estupro, falta de hospitalidade), e talvez  um quarto (tentativa não intencional de sexo com anjos), unem-se para que esse exemplo particularmente ofensivo de depravação humana justifique o ato divino de destruição total.

É bem possível que a falta de hospitalidade e a injustiça social constituam a descrição abrangente da história, conforme indicado em interpretações subsequentes do evento. No entanto, o que torna esse caso de falta de hospitalidade tão viu e leva a palavra "Sodoma" a ser usada em círculos judaicos e cristãos posteriores como sinônimo de crueldade com visitantes de fora é a forma específica com que a crueldade se manifesta: estupro homossexual.

Apesar de Ló lhes oferecer suas filhas virgens e os moradores de Sodoma não aceitarem.

Eles com a recusa de Ló desejam lhe fazer mal:

Eles, porém, disseram: Sai daí. Disseram mais: Como estrangeiro este indivíduo veio aqui habitar, e quereria ser juiz em tudo? Agora te faremos mais mal a ti do que a eles. E arremessaram-se sobre o homem, sobre Ló, e aproximaram-se para arrombar a porta.

Gênesis 19:9

É importante dizer que o pecado não é apenas um ato homossexual privado, mas um estupro homossexual coletivo.

Os homens de Sodoma interpretam o oferecimento por Ló de suas filhas como um insulto à condição deles de cidadãos de Sodoma. Na condição de reles residente estrangeiro, Ló não tem direito algum de determinar aos homens de Sodoma com quem eles podem ter relações sexuais.

Sociedades humanas de muitas épocas e muitas regiões têm sujeitado estrangeiros, recém-chegados e invasores à violação anal homossexual como maneira de lembrá-los de sua condição inferior.

Na perspectiva javista a diferença entre o intercurso homossexual com consentimento e o intercurso homossexual coagido era de que no primeiro caso ambos os participantes voluntariamente se humilhavam, ao passo que no segundo caso uma das partes era forçada a se humilhar.

Devido a tudo isso Sodoma foi destruída!

Rev. Alexandre Dias
Igreja Anglicana Continuante - IAC. 
Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Antíoquia Internacional chancelado pelo Conselho Nacional dos Teólogos do Brasil e pelo Genesis Theological Seminary - USA. 
Bacharel em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília - UCB.
Psicanalista Clínico pelo Instituto Max Orsano - IMO. 
Criador do Tetélestai - Quem é Jesus?

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TEOLOGIA PROGRESSISTA BRASILEIRA DETECTADA COM SUCESSO! - Por Alexandre Dias 



A primeira coisa que eu preciso dizer é que me distanciei da teologia progressista e me voltei a teologia mais ortodoxa nos últimos anos, claro que muitos destes homens que hoje defendem uma teologia mais progressista, antes defendiam pelo menos na vanguarda uma teologia mais ortodoxa, claro todos os teólogos sabem as armadilhas, sabores e dissabores que o conhecimento teólogico pode nos causar.

Quem nunca como pastor, teólogo, ou mesmo professor de teologia nunca se deparou com o próprio resultado ou consequência da teologia liberal do século XX.

Hoje vemos o resultado do que a teologia liberal fez em seminários mundo a fora, e percebemos os resultados do ultra-liberalismo teólogico.

Com uma cosmovisão mais paulatável a teologia progressista fruto da teologia liberal de outros tempos, com uma pitada de pós-modernidade, nos faz ver e perceber suas inúmeras vertentes.

Infelizmente muito do que tais homens contribuiram para o reino de Deus no passado, hoje percebemos em alguns uma linha muito tênue entre acabar a carreira como começaram ou se perderem pelo caminho.

Se eu pudesse lhes dá um conselho como um irmão menor, eu diria: Cuidado!

Nós temos uma facilidade inorme de no afã por alcançarmos o mundo todo tenhamos que no processo perder a alma!

Pude perceber que Salomão tinha toda a sobedoria, mas se perdeu no processo!

Por isso Caio, Gondim, Kivitiz, Ariovaldo, Hermes, Henrique, Antônio: Cuidado!

É melhor terminar a carreira que nos foi proposta bem, do que ganhar o mundo todo e perder a própria alma.


O FILHO DO HOMEM É SENHOR ATÉ MESMO DO SÁBADO 


O texto de Marcos 2.27-28:

E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.
Assim o Filho do homem até do sábado é Senhor.

O texto nos faz lembrar de Êxodo 31:13,14:

Tu, pois, fala aos filhos de Israel,  dizendo: Certamente guardareis meus sábados; porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica.
Portanto guardareis o sábado, porque santo é para vós; aquele que o profanar certamente morrerá; porque qualquer que nele fizer alguma obra, aquela alma será eliminada do meio do seu povo.

Tal texto nos mostra a relação entre o povo de Israel e a guarda do sábado um sinal entre Deus e o povo de Israel. 

Na cultura judaica a guarda do sábado era o quarto mandamento do Decálogo - dez mandamentos - o sábado era reverenciado como uma das maiores dádivas recebidas por Israel. Junto com a circuncisão (cirurgia feita na pele, de parte específica, do órgão sexual masculino), a Lei e o Templo, o sábado era uma das características que identificavam Israel e o distinguiam de outras nações. 

Uma pergunta nos vem a cabeça: 

Uma vez que a humanidade foi criada no sexto dia, enquanto o sábado veio no sétimo, como poderia a humanidade ter sido criada para o sábado?

Nessa passagem específica Marcos 2.23-28 encontramos a primeira crítica a Jesus em relação ao sábado. 

Aqui seus discípulos são criticados por algo supostamente proibido pela lei. 

Há três pronunciamentos: um apelo ao exemplo de Davi; um dito sapiencial (latim sapientialis; ditos de sabedoria, ditos de intelectualidade, ditos de sentenças morais), da relação da humanidade com o sábado e uma declaração cristológica (cristologia é o estudo sobre Cristo; é uma parte da teologia cristã que estuda e define a natureza de Jesus,  a doutrina da pessoa e da obra de Jesus Cristo). 

Estes três pronunciamentos são uma única argumentação coesa. 

É importante ressaltar que em Marcos 2.23-26 a palavra grega para sábado está no plural transliterada como sabassin enquanto que em Marcos 2.27, 28 está no singular transliterada por sabbaton. 

Os três pronunciamentos atuam juntos para fundamentar o argumento a favor da autoridade de Jesus sobre o sábado.  

Quanto ao fato do termo sábado estar no singular em Marcos 2.27,28 está se referindo a um sábado como uma realidade genérica.

A presente passagem de Marcos 2.27 não está interessada em fazer uma apologética da prática da Igreja primitiva quanto ao sábado, mas uma declaração cristológica da autoridade de Jesus.

A acusação levantada contra os discípulos era que o fato de eles apanharem cereais e esfregá-los para separar a palha e assim comer os grãos equivalia a colher ou "trabalhar", e isso era proibido no sábado conforme Êxodo 34. 21. A época do ano descrita no relato é o  final de Abril, Maio ou início de Junho, que era a época da colheita. 

Por causa de:

Seis dias trabalharás, mas ao sétimo dia descansarás: na aradura (arar) e na sega (colheita) descansarás.

Êxodo 34:21

Os judeus haviam criticado os discípulos de Jesus que caminhando pelos campos de cereais (literalmente através dos cereais), no sábado, os discípulos apanhando cereais e comendo grãos crus, os fariseus acusaram os discípulos de fazerem o que não era lícito no sábado.

No contexto da época em que Jesus viveu, em geral, apenas uma situação ou emergência em que havia risco de morte anulava as normas sobre o sábado. Entre os essênios, no sábado não se podia nem mesmo ajudar alguém a sair de um buraco ou auxiliar um animal a parir. Os fariseus eram menos rigorosos do que os essênios, mas mesmo assim eram sabatistas rigorosos. Por isso, até mesmo o fato de Jesus curar no sábado foi atacado por alguns fariseus.

Jesus é atacado em Marcos 2.24 com uma pergunta sobre seus discípulos e de novo Jesus respondeu esse ataque com uma contrapergunta: Nunca leste o que Davi fez? 

Que Mestre religioso judeu dos dias de Jesus teria deixado de citar o Antigo Testamento? É absurdo pensar que Jesus em todos os seus ensinos jamais teria citado o Antigo Testamento.

O uso que Jesus faz das Escrituras não segue a argumentação técnica dos escribas e rabinos. Esse não é um exemplo de argumento do tipo gezerah shawah (categoria igual), pois não há citação de duas passagens diferentes do Antigo Testamento; nem é um argumento válido típico de um escriba, pois Jesus não está citando a lei para estabelecer um preceito legal (halakah - o termo tornou-se genérico para todo o sistema legal de leis e observâncias no judaísmo), mas citando um livro histórico (haggadah - contêm a narrativa da libertação, as orações, canções e provérbios judaicos). Em sua resposta, Jesus não está seguindo as regras do debate rabínico. Está argumentando sobre o que entendia como clara implicação dessa passagem que se refere à necessidade e fome de Davi e dos "que estavam com ele".

O pão da presença ou da exposição, consistia em doze pães que eram um símbolo da aliança que  Deus fez com Israel e, a cada sábado, eram colocados em uma mesa perto do lugar Santíssimo. Ao final da semana deviam ser comidos pelo sumo sacerdote (Arão) e seus filhos (e somente por eles) dentro do Tabernáculo/Templo.

É percebido que se o próprio Davi pôde cometer esse ato ilícito, muito mais o Senhor de Davi.  

Jesus concorda quê o que Davi fez foi ilícito.

Há quem pense que a lei admite exceção. 

Há quem pense que certas necessidades básicas como no caso a fome tem precedência sobre a guarda ritual da lei. 

Há quem pense que se Davi violou a lei quando comeram do pão isso serve de precedente.

Em Marcos não há referência aos discípulos de Jesus sentirem fome ou estarem em estado de probeza, não tendo ênfase no entendimento humanitário do sábado. 

Se Davi pôde fazer algo que não era lícito, quanto mais autoridade (um argumento a fortiori: 
Com mais razão. Locução que enfatiza, num dado contexto, a razão mais forte, o motivo mais plausível e convincente), o Filho do Homem tem para proceder assim. Essa interpretação harmoniza melhor com o que Marcos está procurando demonstrar: a autoridade de Jesus.

Jesus pode comer com coletores de taxas e pecadores porque veio para os doentes. 

Se Davi pôde violar a lei para alimentar seus seguidores, quanto mais Jesus Cristo, o Filho de Deus, Filho do Homem e Senhor de Davi, pode violar a lei.

Os leitores iniciais de Marcos devem ter interpretado o sábado feito para o homem, não o homem para o sábado. Portanto o homem é senhor do sábado.

Há quem faça a seguinte tradução: O sábado foi feito para o Filho do Homem, e não o Filho do Homem para o sábado; por isso o Filho do Homem é Senhor do sábado.

Marcos entendia que Jesus disse que ele, o Filho do Homem era o Senhor do sábado.

Marcos já demonstrou o senhorio de Jesus em 2.10-11:

Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico),
A ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.

Então Marcos diz que ele também é Senhor em Marcos 2.28:

Assim o Filho do homem até do sábado é Senhor.

Não se deve ignorar a audácia dessa reivindicação, pois no Antigo Testamento Deus é o Senhor do sábado porque o instituiu e consagrou.

Visto que o sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado, e visto que Jesus é o Senhor de toda a humanidade, o resultado lógico é que ele é, portanto, também Senhor do sábado.

Agora Marcos demonstra a grandeza de Jesus, destacando que ele é Senhor do sábado e, por ilação, Senhor do mandamento do sábado.

No Antigo Testamento Deus é repetidas vezes chamado de "o Senhor" do sábado, de modo que a reivindicação de Jesus de que ele é "Senhor" do sábado, é realmente majestosa.

Tentativas de minimizar esse entendimento cristológico extremamente exaltado de Marcos simplesmente não funcionam.

O Jesus de Marcos é "o Senhor do sábado" e alguém sem igual quando comparado a todos os que vieram antes dele e vieram depois dele. 

Conforme indicado no exemplo do "trabalho" dos discípulos no sábado, a lealdade a Jesus tem precedência até mesmo sobre a própria Lei.

Tudo isso nos leva a compreender a oposição que Jesus enfrentou e que levaria a sua morte. Apesar dos adversários hostis, Jesus se associa com os indesejados da sociedade, não aceita algumas ideias dos líderes religiosos envolvendo a questão do sábado. Tudo isso levará uma conspiração pelos fariseus (líderes religiosos) e pelos herodianos (lideres políticos) para matar Jesus e tudo estava de acordo com a providência e a vontade de Deus.

Bibliografia:

Livro: Comentário Exegético Marcos. 
Editora: Vida Nova. 
Autor: Robert H. Stein. 
Páginas: 171-182. 

Rev. Alexandre Dias
Igreja Anglicana Continuante - IAC. 
Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Antíoquia Internacional chancelado pelo Conselho Nacional dos Teólogos do Brasil e pelo Genesis Theological Seminary - USA. 
Bacharel em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília - UCB.
Psicanalista Clínico pelo Instituto Max Orsano - IMO. 
Criador do Tetélestai - Quem é Jesus?

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Disse-lhes Jesus: “E vós quem dizeis que eu sou?”


É meus amigos que Deus é esse que estamos crendo?  

Deus pode ser Deus do jeito que Ele quer ou melhor do jeito que Ele de fato É? 

Bem, uma vez aceitando sua existência precisamos nos perguntar que Deus é este? 

Se o definirmos como qualquer Deus de qualquer religião ou se cremos no Deus cristão. 

Ao definirmos nossa crença no Deus cristão  precisamos definir como chegamos a esse Deus cristão. 

O que nos leva a crer no Deus cristão?  

Várias coisas nos faz crer no Deus cristão entre elas a nossa tradição, a nossa cultura, a nossa família, as igrejas, a bíblia, e por fim as intervenções do próprio Deus! 

O que define para nós o Deus cristão? 

Nossa experiência? 
Nossa sabedoria? 
Nossa razão?  
Nossa inteligência? 

Para alguns o que define o Deus cristão é a sua capacidade de percepção e de iluminação. 

Para outros o que define o Deus cristão é a Bíblia. 

Para outros o que define o Deus cristão é o próprio Filho de Deus. 

No primeiro caso a perceção e a iluminação podem ser dados por Deus ao indivíduo, porém elas não podem ser contrárias a Bíblia e nem a Jesus.

No segundo caso pode-se compreender a Bíblia de modo equivocado embora esteja com a revelação de Deus nas mãos. Mas é possível compreender a verdade de Deus através da Bíblia. 

No terceiro caso Jesus é a expressão exata do ser de Deus. Embora isso seja verdade é necessário conhecer Jesus não só pela via da iluminação e da percepção como pela via da Escritura, isto é, a Bíblia. 

Só sabemos sobre a existência de Jesus por causa da história e da Bíblia. 

Pela história Jesus foi um homem. 

Pela Bíblia Jesus é Deus. 

A revelação de que Jesus é Deus é anterior as escrituras do Novo Testamento. Isto é, Deus se faz carne e vive entre nós, antes Dele havia a escritura do Antigo Testamento, Ele vem e é a expressão exata de um Deus vivo, depois Dele em carne, a escritura do Novo Testamento. 

Em ambos os casos Jesus demonstra total relação com ambas as escrituras tanto do Antigo como do Novo Testamento. 

As escrituras não é Deus e Deus não é as escrituras. Porém as escrituras são de Deus!  As escrituras vem DEle! É Ele se revelando!  

O que um autor fala não é o próprio autor, mas vem dele.  

Embora o que um autor diga, não seja ele, mas faz parte dele.  

Então, Deus se revela seja de um modo extraordinário por meio da iluminação, da revelação, ou através de seu próprio Filho!  

Mas em hipótese alguma Deus irá ser uma contradição entre a iluminação, a revelação e a imagem exata de seu Filho!

Rev. Alexandre Dias
Igreja Anglicana Continuante - IAC. 
Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Antíoquia Internacional chancelado pelo Conselho Nacional dos Teólogos do Brasil e pelo Genesis Theological Seminary - USA. 
Bacharel em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília - UCB.
Psicanalista Clínico pelo Instituto Max Orsano - IMO. 
Criador do Tetélestai - Quem é Jesus?
Colaborador do Ministério Amplitude - SP.

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O HOMEM PÓS-MODERNO DIZ: DEUS NÃO EXISTE! COMO SE DISSESSE EU SOU DEUS!  - A representação simbólica do Jesus segundo os nossos imaginários, delírios e fantasias. 



É por isso que precisamos definir bem o que cremos. 

Se cremos em Jesus segundo as Escrituras ou não. 

Se o Jesus das Escrituras for o nosso Jesus ele será bem definido. 

Se o Jesus que cremos for segundo o que qualquer um achar sobre o que for certo,  então, esse Jesus será segundo a moralidade e a ética de cada um. 

Eu creio no Jesus segundo as Escrituras e não no Jesus conforme a minha cabeça. 

A verdade não nos aprisiona, mas nos liberta. 

Se temos a verdade,  verdadeiramente seremos livres, mas a verdade não é tudo e qualquer coisa, é a verdade!  

Disse Jesus: Eu sou a verdade, o caminho e a vida.  

Não se trata de poder, de religião, de manipulação, de subjugar. Mas da Verdade... Do Caminho... E da Vida! 

Ou cremos em Jesus segundo as Escritura, ou na verdade não cremos em Jesus da forma como Ele realmente é, e neste sentido Jesus será apenas um deus falso, um ídolo, um totem, segundo a nossa imagem moral ou segundo a nossa semelhança ética, mas Jesus nunca será segundo a si mesmo, mas será inventado pelos nossos próprios desejos.  

Jesus não é fabricado como um Deus diante do que eu acho certo, seja de modo moral ou ético. 

Jesus é o que ele acha certo, de modo moral e ético.  

O resto é um deus torto e falso que chamamos de Jesus. 

Jesus para ser Jesus tem que ser como Ele disse que é, e não como nós queremos que Ele seja!

Para um homem na pós-modernidade Deus é absurdo! 

Porém, a bíblia nos fala sobre Deus. 

Para compreendermos melhor a bíblia precisamos entender que há textos descritivos e normativos. 

Os textos descritivos fazem as descrições das histórias, é apenas a história como relato, obviamente podemos tirar lições das histórias, mas elas foram apenas descritivas, contudo, não devem ser entendidas como uma norma a ser cumprida no sentido negativo. Antes as histórias descritivas nos fazem compreender de forma e de modo objetivo e subjetivo o que não se deve fazer.

Os textos normativos por sua vez são os textos que como nome já diz nos deixam uma norma clara a ser cumprida. Que sempre irá desenvolver algo para o nosso próprio bem.  

O primeiro texto que normalmente os homens da pós-modernidade e céticos usam não é normativo e sim descritivo, isto é, descrevia a atitude pecaminosa de duas filhas que uma influenciando a outra para fazerem sexo com o próprio pai e dele engravidarem.  

O texto é descritivo, não normativo! 

Apenas relata uma história com erros e acertos como todos os textos descritivos. E não tem a intenção de fazer com que os erros sejam normativos como se eles fossem a norma do dia, para que nós fizéssemos o que é errado, mas sim para que nós viéssemos aprender com os erros dos outros e das suas histórias. 

Qualquer crente pode perguntar ao homem pós-moderno e cético onde Deus ordenou no texto de forma normativa, isto é, que elas deveriam como norma ou mandamento divino embreagar o próprio pai, fizessem sexo com ele, e ainda engravidassem dele? 

Não, tal texto é descritivo, isto é, um relato de um  acontecimento. 

O homem pós-moderno tenta olhar para o texto com sua visão de mundo, valores e princípios a esta forma de interpretação damos o nome de eixegese. 

A eixegese é quando o intérprete do texto bíblico coloca a sua visão de mundo, valores e princípios para interpretar a escritura, nesse sentido há um erro gravíssimo, pois o interprete que assim o faz não permite que o autor dos textos bíblicos tenha voz própria e não possua a sua própria intenção autoral. 

A exegese pelo contrário, é deixar com que o autor bíblico nos comunique o que de fato quis dizer, isto é, a sua intenção autoral. 

Precisamos saber o mínimo de interpretação bíblica. Um princípio básico da hermenêutica!

Eles os céticos vão para diversos textos, muitos deles difíceis. 

O problema é que nós homens da pós-modernidade não queremos que Deus seja Deus! 

O homem pós-moderno tem uma ideia de Deus e tenta encaixar a sua ideia de Deus no texto bíblico.
 
Isso quando não é cético o bastante para declarar o seu ateísmo.  

Quando com sinceridade o homem da pós-modernidade  observa e vê que não dá, ele tem três saídas possíveis:

Uma é não acreditar mais em Deus. 

A outra é acreditar em partes das escrituras e em outras partes não.

No terceiro caso é se submeter a revelação de Deus. (Que neste caso Jesus deixa bem claro que o Antigo Testamento e o Novo Testamento fazem parte da revelação e qualquer ideia diferente dessa é um Jesus falso, errado, herético e pagão).   

Se Deus ordenou matar crianças, mulheres, animais e recem-nascidos quem sou eu para dizer que Deus está errado ou equivocado? 

Deus sempre será verdadeiro e todo homem mentiroso.  

O problema é que o homem pós-moderno quer um Deus segundo a sua própria imagem e semelhança. 

Eles não querem um Deus de fato e de verdade, eles querem um Deus-ídolo que seja determinado por sua visão de mundo, sua ética, seus valores e seus princípios. 

Um Deus assim, nunca foi Deus de verdade!  

Um Deus que não pode ser Deus, mas Ele tem que ser do jeito que eu acho, Ele nunca foi Deus, apenas o meu próprio "Eu" como divindade! 

Nós queremos ser nós  mesmos, termos nossa individualidade, singularidade e nossa autonomia.

Mas para o homem pós-moderno Deus não pode ser Deus! Ele não pode ter sua individualidade, singularidade e autonomia preservadas. 

Para o homem pós-moderno Deus tem que ser bom como nós achamos que ele tem que ser. 

A bondade Dele não é permitida a não ser que seja segundo o que consideramos ser bom. 

Bem, um Deus assim não é Deus, um Deus pequeno, limitado, que só faz o que eu acho certo, na hora e no momento que eu quero que Ele faça não é Deus, é apenas a megalomania da minha personalidade atribuída a um Deus!  

O homem pós-moderno diz: Deus sou eu!  

Pra mim não tenho problemas com isso - com o fato de Deus fazer e ser o que quiser - porque pra mim Deus é Deus! 

Deus é soberano!  
Deus é Senhor! 

Paulo usa uma ilustração no livro de Romanos muito interessante sobre o Oleiro, a massa e os vasos.  

Paulo diz que Deus é o Oleiro, diz sobre os vasos que somos todos nós e ele chega a essa questão interessante que descreverei com minhas próprias palavras: O oleiro não pode fazer o que quiser da sua massa fazendo vasos para o que bem entender? (Nos falta ler Romanos 9). 

O Deus de Paulo não tinha esses melindres e fragilidades como diz o homem pós-moderno: Minha nossa que Deus é esse? 

Para Paulo ou Deus era Deus ou não era! 

Nós precisamos escolher se o Deus que cremos é conforme a revelação das Escrituras ou é um Deus segundo a nossa imagem e semelhança, os dois ao mesmo tempo não dá, porque são contraditórios. 

Se Deus não poupou ao seu próprio Filho, mas o entregou para o resgate não de todos, mas de muitos, os que crerem, quanto mais nós pecadores abomináveis sobre a terra. 

Deus não permitiu a morte de seu Filho Santo, Justo, Puro, Bom, Amável, Perfeito...etc.   

Por que ele não permitiria a morte de povos que seriam totalmente malignos e satânicos? 

Chamados por Paulo inclusive como vasos da ira e prontos para perdição! 

E Deus não usou de longanimidade com essas gerações que são os vasos da ira?

Sim, diz Paulo que Deus suportou com muita longanimidade - veja é um Deus suportanto e ainda com muita longanimidade - os vasos da ira e isso diz Paulo a fim de que fosse conhecida a riqueza da sua glória para com os vasos de misericórdia preparados para a glória! 

Deus que é Deus dá a vida e a tira quando quiser e nem precisa dar satisfação!  

Esse Deus finito, pequeno, que nada pode fazer, que cabe na nossa cabeça nunca foi Deus. 

Um Deus que não pode tirar a vida que Ele mesmo deu, é um Deus limitado demais, pequeno demais e medíocre demais. 

Ou Deus tem todo poder, tem suas próprias vontades e sua própria personalidade ou Ele simplesmente é Deus nenhum!  

Por que um Deus segundo a criatura e não segundo o próprio criador é apenas um Deus segundo a nossa própria loucura e doença, e não segundo o próprio Criador, isto é, não segundo Ele próprio!


Rev. Alexandre Dias
Igreja Anglicana Continuante - IAC. 
Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Antíoquia Internacional chancelado pelo Conselho Nacional dos Teólogos do Brasil e pelo Genesis Theological Seminary - USA. 
Bacharel em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília - UCB.
Psicanalista Clínico pelo Instituto Max Orsano - IMO. 
Criador do Tetélestai - Quem é Jesus?
Colaborador do Ministério Amplitude - SP.
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O QUE É DEUS?


Deus é um ente! Por ente entendemos aquilo que existe, o que é; ser, mas a palavra "ente" não define bem em sua totalidade o que é Deus, pois "ente" também é definido como coisa, objeto, tudo o que se crer existir.  

Mas sabemos que nem todo "ente" é Deus, nem tudo que existe é Deus, nem tudo o que é, é de fato Deus, nem todo ser é o Ser de Deus, Deus não é uma coisa, nem um objeto e muito menos tudo o que existe. 

Deus é um ente infinito, a partir desse ponto Deus começa a se distanciar dos outros "entes" possíveis. Ele já não é uma coisa e nem um objeto em si, e Ele não é tudo e nem todas as coisas ao mesmo tempo. Ele não é apenas um ser como qualquer outro ser.  

Deus além de ser infinito, Ele é eterno, diante de todos os outros "entes" que são finitos, Deus tem uma outra característica a eternidade, seu ser é eterno, como tudo na vida é finito e transitório é preciso imaginar o oposto disso, que é um ser infinito e eterno. Quando pensamos em eternidade, diante de "entes" que tem começo, meio e fim, diante dessas categorias temporais da existência, imaginar um ser atemporal que não possui começo e nem fim por ser sempre auto-existente é igualmente preciso. 

Deus além de ser infinito, eterno é também sobrenatural, precisamos compreender o que Deus não é, Deus não é a matéria, apesar de ter criado toda a matéria, Ele cria o natural, intervém e faz sua providência, mas sua natureza é pra além do natural e das coisas criadas, portanto, sobrenatural. Deus ultrapassa o natural, fora das leis naturais, fora do comum; extranatural. O sobrenatural que não é conhecido senão pela fé. 

Deus não é só infinito, eterno, sobrenatural é existente por si só; causa necessária e fim último de tudo que existe. Quando pensamos em um ser que existe por si só temos que imaginar que este ser não é uma causa secundária ou mesmo uma consequência primária, quando Deus existe por si só Ele é auto-existente, e além disso é causa e fim último de tudo o que existe.  

Deus é, portanto, criador de tudo que existe, está acima de todas as coisas, um ser absoluto e perfeito.
  
A palavra "Deus" é um termo latino que em sua origem descrevia todas as deidades (divindades) e com o tempo passou a descrever o conceito de Deus como substantivo próprio, do mesmo modo que ocorreu com termo germânico God.  

Os termos latinos deus e divas são provenientes do idioma protoindo-europeu deiwos, "celestial" ou "brilhante" da mesma raiz de Dyēus, o deus reconstruído do Panteão Proto-Indo-Europeu. Tecnicamente divus ou diva era uma figura que se torna divina, como um imperador divinizado. Em latin tardio, "Deus" veio a ser usado principalmente para o Deus cristão. No Francês Dieu, no Espanhol Dios, no Italiano Dio, línguas célticas; Galês Duw e Irlandês Dia. No grego Theos, no Hebraico bíblico Elohim. 

Embora não é possível esgotar a questão podemos perceber certas característica do próprio Deus e de como se desenvolveu o nome dado a Ele de modo simbólico.  

Há uma expressão utilizada entre os Judeus para designar Deus que me fascina: 

O Eterno!


Rev. Alexandre Dias
Igreja Anglicana Continuante - IAC. 
Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Antíoquia Internacional chancelado pelo Conselho Nacional dos Teólogos do Brasil e pelo Genesis Theological Seminary - USA. 
Bacharel em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília - UCB.
Psicanalista Clínico pelo Instituto Max Orsano - IMO. 
Criador do Tetélestai - Quem é Jesus?
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